Coerência: mobilização em defesa da educação em 2015, 2016 e 2019
- Leandro Barbosa
- 14 de mai. de 2019
- 2 min de leitura
Um breve relato das atividades que participei em defesa da educação durante os anos de 2015 e 2016. A responsabilidade aumenta quando o candidato que apoiamos vence as eleições

Em 2015, após o período de 12 anos de investimentos massivos em educação, o Partido dos Trabalhadores chegou ao seu 4º mandato presidencial com a reeleição da presidenta Dilma. Para ter uma ideia de como a educação foi prioridade nos governos Petistas, é preciso falar de números. Ou melhor, de verba.
Educação foi prioridade nos governos Petista
O orçamento para a pasta em 2003 era de R$ 18,1 bilhões, pulando para R$ 54,2 bilhões em 2010. Um salto de quase três vezes o valor em oito anos de governo Lula. Se considerarmos até 2016, ano em que Dilma sofreu o golpe, o montante atinge R$ 100 bilhões. Neste período foram criadas 18 novas universidades federais e 173 campus universitários, praticamente duplicando o número de alunos entre 2003 a 2014: de 505 mil para 932 mil.
Os institutos federais também tiveram uma grande expansão durante os governos do PT: foram criadas mais de 360 unidades por todo o país.
As dificuldades econômicas reflexo da crise mundial somadas as dificuldades em aprovar projetos no Congresso Nacional potencializaram a crise no Brasil. Os cortes foram uma tentativa do governo de sinalizar ao mercado financeiro que iria cumprir a meta de superávit primário para pagar juros da dívida pública.
A sociedade estava em disputa, assim como o governo
A sociedade estava em disputa, assim como o governo. Nessa tentativa de agradar o capital financeiro, o governo fez cortes na educação. Justamente no ano que adotou o slogan “Pátria Educadora”. A medida adotada foi um erro.
Acredito que a responsabilidade aumenta quando o candidato que apoiamos vence as eleições.
Acredito que a responsabilidade aumenta quando o candidato que apoiamos vence as eleições. E nesse sentido, temos que ser os primeiros a fazer as cobranças para que o governo eleito não retire recursos de áreas essenciais, como educação, saúde e segurança. E assim eu fiz.

Em 2015 participei da greve contra o corte de orçamento da educação. Participei, juntamente professores e alunos, de manifestações em Camaquã, Pelotas, Porto Alegre e em Brasília. Em 2016 não foi diferente. Fui as ruas contra a PEC do governo Temer que congelava os investimentos em educação, saúde e programas sociais.

Não fui omisso em nenhuma dessas ocasiões. Fui contrário quando o partido do qual faço parte cortou recursos da educação e faço o mesmo no corte proposto por Bolsonaro. Essa luta não é político-partidária, tampouco ingênua de acreditar que os cortes na educação podem ser revertidos sem enfrentarmos todos os ataques às conquistas sociais.

Como dito por Martin Luther King “o progresso não é algo automático nem inevitável”, mas algo que necessita de esforços e dedicação contínuos. E assim é nossa luta para que a educação seja pública, de qualidade e gratuita.









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