“Não se deve cortar em educação” afirma professor Leandro em entrevista à Rádio Acústica FM
- Leandro Barbosa
- 11 de mai. de 2019
- 2 min de leitura
Pré-candidato a prefeito criticou o corte de 30% da verba na educação feito pelo governo Bolsonaro

Nesta sexta-feira (10) participei do programa Primeira Hora e no sábado (11) estive no programa Esquina Democrática, ambos na Rádio Acústica FM, falando sobre os cortes na educação e suas consequências desastrosas à sociedade.
Em educação não se corta e o governo que corta, corta errado.
Durante as entrevistas, destaquei que em educação não se corta e o governo que corta, corta errado e isso vale para qualquer governo. Ajustes no orçamento são necessários, mas devem ser feitos de forma cirúrgica, com planejamento e bom senso, não da maneira que está sendo feito.
Afirmei que os cortes em educação não são uma questão de ordem orçamentária, visto que o governo Bolsonaro declarou que irá dar R$ 40 milhões em emendas para cada deputado que votar a favor da Reforma da Previdência, logo, há dinheiro.

Uma obra quando é interrompida pelo governo, há prejuízos financeiros, perde-se material, mas é possível retomá-la praticamente da mesma forma de onde parou. Com o ensino isso não é possível. Na educação quando se interrompe programas não se perde apenas dinheiro, se perde tempo. Quando a criança tem alguma dificuldade de acesso ou permanência na escola, ela não pode esperar quatro anos para retomar de onde parou, ela já passou da idade e os desafios da vida dela já mudaram.
Ocorre que os cortes tem viés ideológico, ou seja, Bolsonaro elegeu professores, estudantes e educação pública como inimigos do país.
Ocorre que os cortes tem viés ideológico, ou seja, Bolsonaro elegeu professores, estudantes e educação pública como inimigos do país. Com um governo fraco, que foi eleito com base em fake news, que refuta o conhecimento científico baseado em dados e pesquisas, que despreza direitos sociais conquistados, ignora as minorias, a educação é vista como uma ameaça ao poder. Inclusive, o momento atual de ataques à educação e ao conhecimento científico me remete a distopia orweliana 1984, onde a ciência e a verdade sobre os fatos são vistos como uma ameaça ao poder do Grande Irmão determinar o que é verdade.
Destaquei ainda que ao contrário do que foi dito, o corte de verbas do ensino superior não será remanejado para a educação básica, pois está também foi incluída no desmonte. Na prática, a retirada de recursos do ensino básico afeta diretamente a criação de novas escolas de educação infantil (creches) tão necessárias, transporte escolar e até mesmo a merenda, entre outros prejuízos.
Vale lembrar que os cortes não irão afetar apenas o trabalho desenvolvido em sala de aula, mas também a saúde pública através dos hospitais universitários, como o Hospital de Clínicas da UFRGS de Porto Alegre, FAU da UFPel de Pelotas, Hospital Universitário Dr. Miguel Riet Corrêa da FURG de Rio Grande, entre outros, onde milhares de camaquenses buscam atendimento médico.
Quem deseja assistir as entrevistas, o bate papo inicia a partir das 2h50 na live do programa Primeira Hora e após a 1h30 da live da Esquina Democrática. Agradeço a Rádio Acústica FM pelo espaço, em especial ao Fábio Renner e ao Oberti Martins.
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