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Leandro 

Política, Educação, Ciência e Cultura 

O que esperar da política em 2019?

O ano de 2019 tem tudo para ser um ano turbulento na política.

O ano de 2019 tem tudo para ser um ano turbulento na política. Dia 1º de Janeiro ocorre a posse de Jair Bolsonaro (PSL) na presidência do Brasil e de Eduardo Leite (PSDB) que assume os desafios de governar o Rio Grande do Sul. Também completa dois anos de Ivo Ferreira (PSDB) como prefeito de Camaquã.


Bolsonaro elegeu-se com discurso de dois vieses. Um propondo uma pauta moralista, de valores conservadores e combate à corrupção e ou outro de resolver problemas complexos com discurso simplista. Agora estará diante do desafio de dar respostas a esta parcela de eleitores em que tal discurso fez eco. Para dar a resposta aos “moralistas” tem procurado manter proximidade com pastores, igrejas e militares. Os ministros escolhidos são em grande maioria homens, muitos destes militares, sendo que até o momento, apenas dois ministérios serão ocupados por mulheres: o Ministério da Agricultura e o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos. A promessa de combate à corrupção está se esvaziando diante do número significativo de investigados que ocuparão cargos no novo governo.


Tendo até mesmo um condenado como Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, condenado em ação de improbidade. O que só se agrava diante dos escândalos que envolvem a família Bolsonaro e o silêncio sobre a origem do dinheiro do ex-assessor e motorista. Já o discurso de resolver o problema grave de segurança pública com uma promessa de armar a população demonstra todo o desconhecimento com área de tamanha complexidade. Se por um lado facilitar o acesso a armas levará a índices de violência ainda maiores, por outro é impensável que um governo tutelado pelos militares tenha interesse em armar a população. Muitas contradições somadas ao despreparo do futuro presidente são os ingredientes que poderão inviabilizar o governo.


Aqui no RS, encerrará o pior governo que já tivemos até agora. José Sartori (MDB) se elegeu sem projeto, governou errado, aumentou impostos e sacrificou os servidores estaduais, desmantelou políticas importantes para o desenvolvimento do Estado. O que podemos esperar de Eduardo Leite, que fez aceno para Bolsonaro durante a campanha, recuou por estratégia eleitoral, fizera duras críticas ao adversário do MDB, principalmente sobre parcelamento de salários e aumento de impostos. No entanto, já adiantou que tal estratégia pode continuar.


Poderia ser muito diferente? Sabendo que PSDB desembarcou do governo Sartori um ano antes das eleições e agora o MDB embarca no governo PSDB, tirando detalhes pequenos na forma de gestão, o Estado que tem tradição de não reeleger governador, dessa vez reelegeu o mesmo projeto MDB-PSDB. Será mais do mesmo.


Aqui no município estamos na metade da gestão do prefeito Ivo, ainda longe de realizar as 140 promessas de campanha, que incluía asfalto e calçamento de diversas ruas, gestão democrática com participação de comunidade, manutenção de estradas rurais, valorização dos servidores públicos municipais, geração de empregos entre outras. Podemos pensar que não falte boa vontade da administração em dar conta das demandas prometidas e já conhecidas dos camaquenses desde a época de outros governos, o certo é que gestão PSDB-MDB chega a sua metade, sem ter um rumo. Tudo indica que dificilmente o governo conseguirá planejar e executar nestes dois anos restantes. No próximo ano, as tratativas de bastidores entre os partidos que almejam disputar as majoritárias nas eleições de 2020 tendem a se intensificar e como é de praxe muitas vezes os interesses coletivos, sucumbem aos interesses político-partidários que visam a formação de alianças para as disputas eleitorais. Ainda dá tempo, mas creio que foi desperdiçado tempo valioso para planejar e agora executar.


Foto: Montagem/Reprodução

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