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Casos expõem fragilidade no monitoramento da cadeia produtiva do setor campeão em trabalhadores resgatados

Flagrantes de práticas análogas à escravidão em fazendas brasileiras de café durante a safra de 2021 não foram suficientes para provocar a reação de grandes importadoras do grão nos Estados Unidos e na Europa.


Em outubro, a Repórter Brasil contou a história de trabalhadores que viviam em alojamentos precários e eram obrigados a pagar ao empregador por custos de alimentação, gás e aluguel.

Os safristas, que recebiam menos que a metade de um salário mínimo ao final do mês, não conseguiam sequer comprar uma passagem de volta para casa, em municípios de Minas Gerais e da Bahia.

Na Fazenda Laranjeiras, propriedade de Job Carvalho de Brito Filho em Ilicínea (MG), foram identificados 24 trabalhadores em condições análogas à escravidão em julho de 2021. Na Fazenda Floresta, de Guilherme Sodré Alckmin Júnior, em Heliodora (MG), auditores-fiscais resgataram outros 20 em situação semelhante. No mês seguinte, foram libertados mais sete trabalhadores na Fazenda Haras July, do produtor Luiz Sérgio Marques, em São Sebastião do Paraíso (MG).


Registros alfandegários acessados pela Repórter Brasil apontam que tradings e cooperativas regionais abastecidas pelos três cafeicultores continuam fazendo negócios com ao menos cinco multinacionais no Hemisfério Norte.


Por intermédio dessas importadoras, o café “contaminado” por violações de direitos humanos pode alcançar centenas de países. Só a multinacional italiana Lavazza, uma das citadas nesta reportagem, está presente em mais de 140 países.


Na última edição do cadastro de empregadores responsabilizados por trabalho escravo, conhecido como “lista suja”, publicada pelo Ministério do Trabalho em abril deste ano, o café é o setor econômico com mais registros de trabalhadores em situação análoga à escravidão, com 122 resgatados.


Apenas em 2021, auditores fiscais resgataram 310 vítimas de trabalho escravo em 20 fazendas de café. Este foi o maior número desde 2003. Os empregadores ainda não constam na “lista suja” porque têm direito de defesa em duas instâncias administrativas.


Fornecedores indiretos

Os produtores Marques e Brito Filho têm histórico de relacionamento comercial com a cooperativa paulista Coopercitrus, fornecedora da companhia List + Beisler, especializada em cafés premium, com sede em Hamburgo, na Alemanha, e operações nos EUA desde 2018.


Dados alfandegários mostram que a List + Beisler importou dois lotes de café da Coopercitrus entre dezembro de 2021 e janeiro de 2022 – após os resgates dos trabalhadores e a publicação da matéria detalhando os casos.


Questionado pela Repórter Brasil no início do mês, o sócio e gerente da empresa Philip von der Goltz enfatizou o compromisso da companhia com a sustentabilidade e disse desconhecer, até então, o conteúdo das denúncias. Ele argumenta que inúmeras informações sobre a cadeia do café são publicadas diariamente, dificultando o acompanhamento dos casos.


“Com todo respeito, há uma infinidade de artigos – verdadeiros ou falsos, bem ou mal escritos, bem ou mal apurados ​​– publicados quase a cada segundo. Por que alguém em outra parte do mundo leria exatamente a sua reportagem, escrita em uma língua estrangeira (brasileiro [sic]) e publicada em um país diferente (Brasil)?”, questiona.


“Um comprador internacional alegar que não sabia que determinada violação de direitos humanos ocorria em sua cadeia de fornecimento, hoje em dia, é completamente inaceitável”, afirma Gustavo Ferroni, coordenador de Justiça Rural e Desenvolvimento da Oxfam Brasil.


“Os Princípios Orientadores da ONU sobre Empresas e Direitos Humanos dizem claramente que as empresas têm obrigação de saber e demonstrar como suas operações diretas e indiretas, por meio de suas cadeias de fornecimento, impactam nos direitos humanos, e colocam a obrigação das empresas de realizar a ‘devida diligência’: investigar, monitorar, prevenir e mitigar riscos”, completa.


O gerente da List + Beisler afirma que a companhia nunca comprou café das fazendas mencionadas. A Repórter Brasil procurou novamente a Coopercitrus para verificar se a empresa desejaria atualizar o posicionamento enviado em outubro, mas não obteve retorno até o fechamento desta reportagem.


Falta transparência

“As compradoras geralmente alegam que o café que compram não vem da fazenda flagrada. Só que não se encontra em nenhum lugar a informação exata, de qual fazenda vem cada saca de café, como já ocorre em outras cadeias produtivas”, explica o integrante da Oxfam Brasil, citando como exemplo o caso do dendê, cuja origem pode ser verificada. “A cadeia do café não é confiável, não é transparente, não permite rastreabilidade e apresenta muita promiscuidade entre o café produzido com e sem irregularidades.”


O Brasil, maior exportador mundial de café, produziu 47,7 milhões de sacas no último ano. Cerca de 46% da produção foi colhida em Minas Gerais, que lidera o ranking de Estados produtores. Os casos citados na reportagem se referem ao café verde exportado em grãos por pequenos, médios e grandes cafeicultores por intermédio de tradings ou cooperativas.


“Em geral, as cooperativas do café são entidades gigantescas, algumas com até 100 técnicos para assessorar os cooperados”, lembra Ferroni. “Precisaríamos que esses técnicos circulassem durante a safra, visitando as fazendas, com auditorias surpresa, para prevenir irregularidades, e não depender apenas da fiscalização do governo”.


Cumplicidade

Além da relação com a Coopercitrus, Job Carvalho de Brito Filho também fazia parte do Cocatrel Direct Trade (CDT), departamento de exportação de cafés especiais da Cooperativa dos Cafeicultores da Zona de Três Pontas (Cocatrel), no sul de Minas Gerais.


A Cocatrel não respondeu aos questionamentos da Repórter Brasil à época da publicação da reportagem com as denúncias, em outubro do ano passado, e emitiu um comunicado oficial sobre o caso apenas em abril de 2022, após ser confrontada por um comprador internacional procurado durante a apuração desta reportagem.


“A Cocatrel informa a todos os seus parceiros de negócios que o Sr. Job Carvalho de Brito Filho (…) faz parte de seu quadro de associados e que se encontra temporariamente suspenso do Mapa da Parceiros da Cocatrel/CDT e de seu quadro de Certificações, tendo em vista seu envolvimento em uma fiscalização trabalhista ocorrida entre os dias 23 e 30 de julho de 2021”, diz o comunicado.


A suspensão temporária de Brito Filho da lista de fornecedores foi informada pessoalmente ao produtor em 14 de dezembro de 2021, quase cinco meses após o resgate dos trabalhadores.


No mesmo dia, a Cocatrel visitou a Fazenda Laranjeiras para uma “análise de risco social” – conforme documento enviado à reportagem por um representante do setor de exportações da cooperativa. Foi constatado, na ocasião, “risco alto” em relação a trabalho escravo, condição dos alojamentos, saneamento e acesso a água potável, e “risco médio” de ocorrência de trabalho infantil e assédio ou abuso sexual, físico ou psicológico na propriedade.


Após essa análise, a Cocatrel listou uma série de medidas a serem adotadas pelo produtor para mitigar os riscos identificados. Excluído temporariamente da lista de fornecedores, Brito Filho continua autorizado a usar a estrutura da cooperativa para armazenar café.


“Parar de comprar só depois da fiscalização do governo já é um problema, porque direitos foram violados por falta de uma ação preventiva. Na sequência, manter o produtor no quadro de cooperados e ainda estocar sua produção me parece configurar cumplicidade”, analisa Gustavo Ferroni, da Oxfam Brasil.


Tolerância zero?

Quatro compradores internacionais mantiveram negócios com a Cocatrel mesmo após a divulgação do caso.


A Falcon Coffees, com escritórios de comercialização de cafés especiais no Reino Unido, Alemanha, EUA e Malásia, importa mensalmente da cooperativa mineira e recebeu “em choque” as informações sobre o caso Brito Filho, descritas por e-mail pela Repórter Brasil.


Após o contato da reportagem, a empresa consultou seu banco de dados próprio para rastreamento de cadeia, acionou a cooperativa fornecedora e disse ter confirmado que não adquiriu grãos produzidos na fazenda onde ocorreram as violações.


“Se a Falcon continuará comprando café de uma cooperativa em um caso como esse, dependerá das circunstâncias, das políticas da cooperativa e, crucialmente, de sua resposta a tais descobertas ou alegações”, informa Konrad Brits, CEO da Falcon Coffees.


A empresa exige que seus fornecedores assinem um documento atestando conformidade com as diretrizes de sustentabilidade e proteção ao meio ambiente e aos direitos humanos. Segundo o CEO, a importadora se propõe a visitar todos os fornecedores a cada dois anos, mas as viagens foram impossibilitadas pela pandemia de Covid-19.


Uma das maiores distribuidoras de café do planeta, a italiana Lavazza afirma que o último lote adquirido da Cocatrel foi embarcado em outubro de 2021. Registros alfandegários acessados pela reportagem, no entanto, apontam um envio mais recente, em dezembro. “Estamos fazendo todas as investigações e avaliações cabíveis sobre a Cocatrel, que é um fornecedor marginal para o Grupo Lavazza, representando 1% do total de café comprado no Brasil”, afirma a multinacional.


“Caso um de nossos fornecedores se envolva em conduta contrária às nossas políticas e códigos de conduta, após verificações oportunas e apropriadas, implementaremos atividades de suporte e corretivas e, em caso de feedback negativo, excluiremos imediatamente esse fornecedor da nossa cadeia”, complementa.


Os limites da “lista suja”

Outras duas clientes internacionais da Cocatrel também compram café da Nutrade Comercial Exportadora, trading da multinacional suíça Syngenta. A Nutrade era abastecida pela Fazenda Floresta em 2021, quando 20 trabalhadores foram resgatados na propriedade.


A estadunidense Rothfos Corporation, vinculada ao conglomerado Neumann Kaffee Gruppe (NKG), adquire mensalmente lotes da Nutrade e diz utilizar a “lista suja” como parâmetro para avaliação de fornecedores. O proprietário da Fazenda Floresta, Guilherme Sodré Alckmin Júnior, não consta no cadastro mais recente porque ainda pode recorrer em duas instâncias administrativas.


“A NKG está empenhada em eliminar o trabalho forçado e quaisquer formas de violação de direitos trabalhistas em nossa esfera de influência. Nenhuma empresa da NKG, incluindo a Rothfos Corporation, compraria conscientemente café produzido por fazendas que violam os direitos humanos ou a lei local”, alega.


“Nossos parceiros locais, Nutrade e Cocatrel, se comprometem a não comprar café de produtores que constam na lista suja”, acrescenta a multinacional, uma das líderes globais do mercado de grãos verdes de café.


A multinacional suíça Sucafina, assim como a Rothfos, manteve negócios com a Nutrade e a Cocatrel após seus fornecedores serem autuados. Com presença em 29 países, a empresa também diz ter tolerância zero com trabalho infantil e todas as formas de trabalho forçado. Além da consulta à “lista suja”, a Sucafina afirma possuir um código de conduta para fornecedores baseado nos Princípios da ONU.


“Visitamos regularmente nossos fornecedores para nos certificarmos de suas condições éticas de operação. Todos os contratos contêm uma cláusula específica sobre trabalho forçado que todos devem concordar em cumprir se quiserem trabalhar conosco”, ressalta a empresa, em nota.


No último ano, a Sucafina encomendou uma revisão externa de suas políticas de monitoramento da cadeia produtiva e realizou sessões de formação on-line para sensibilizar os funcionários sobre o desafio de proteger os direitos humanos.


“Estamos conscientes de que devemos fazer mais para resolver esse problema sistêmico, e não podemos fazer isso sozinhos. A indústria cafeeira, os governos, as ONGs e a sociedade civil devem trabalhar juntos”, acrescenta a multinacional.


Procurada pela Repórter Brasil novamente, a Nutrade preferiu manter o posicionamento enviado em outubro, em que disse monitorar os desdobramentos dos flagrantes de trabalho escravo entre os seus fornecedores de café. A empresa reforçou que os três cafeicultores ainda não foram incluídos na “lista suja”.


Para Gustavo Ferroni, as importadoras deveriam tomar atitudes imediatas diante de flagrantes de trabalho escravo, e não aguardar a publicação do nome de fornecedores na “lista suja”. “Os Princípios da ONU são muito claros nesse sentido. As empresas têm a obrigação não só de saber, mas de demonstrar que não violam direitos humanos.”


Fonte: MST

Foto: ©Lilo Clareto/Repórter Brasil

Evento comemorou colheita estimada de 15 mil toneladas na safra 2021/2022. Produção ocorre em 11 municípios do Rio Grande do Sul

Seguindo a sua diretriz de produzir e partilhar alimentos saudáveis para alimentar o campo e a cidade, o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra celebrou nesta sexta-feira (18), a 19ª Festa da Colheita do Arroz Agroecológico, no Rio Grande do Sul. O evento aconteceu no Assentamento Capela, em Nova Santa Rita, onde está localizada a Cooperativa de Produção Agropecuária Nova Santa Rita (Coopan), um dos principais empreendimentos de alimentos orgânicos na região Metropolitana de Porto Alegre.

A Festa foi retomada depois de dois anos sem ocorrer de forma presencial devido à pandemia da Covid-19. Ao todo, mais de 1.300 pessoas, de várias regiões do estado e do país, participaram, respeitando os protocolos sanitários. Conforme o assentado Marildo Mulinari, que faz parte da coordenação do Grupo Gestor do Arroz Agroecológico, o evento tem o objetivo de celebrar com a sociedade gaúcha a produção orgânica, que é uma alternativa viável diante do cenário de fome e de crises que o país enfrenta, sobretudo a ambiental.


“Temos muito orgulho do projeto de agricultura que construímos, com respeito à vida, às pessoas, à natureza. A nossa produção também é de solidariedade, doando comida a quem precisa de ajuda para não passar fome. Nós vamos seguir com a bandeira da agroecologia, produzindo alimentos saudáveis e realizando nossas ações solidárias. Por isso, a festa é mais um momento de partilha do resultado desse trabalho do agricultor com quem está na ponta”, disse.


A tradicional colheita simbólica foi um dos momentos mais aguardados da Festa. Enquanto o arroz orgânico era colhido, o público aplaudia em pé nas margens da lavoura. O MST, há dez anos, lidera o ranking de maior produtor do alimento na América Latina, conforme levantamento do Instituto Riograndense do Arroz (Irga).


Fonte: MST

Foto: Gabriela Felin

Presidente chegou a dizer que, depois de seu encontro com empresários do setor na Rússia, a oferta de fertilizantes iria “ser dobrada”

O governo da Rússia recomendou, na tarde desta sexta-feira (4), no horário de Brasília, que os fabricantes de fertilizantes agrícolas do país suspendam as exportações dos seus produtos. A medida seria tanto uma reação contra as sanções impostas ao país pelo Ocidente, liderado pelos Estados Unidos, como também por dificuldades logísticas, afetadas pelas medidas restritivas.


“O ministério teve que recomendar aos produtores russos que suspendam temporariamente os embarques de exportação de fertilizantes até que as transportadoras retomem o trabalho rítmico e forneçam garantias de que as exportações serão totalmente concluídas”, disse o Ministério do Comércio e Indústria da Rússia.



A suspensão é muito ruim para o Brasil e péssima para Jair Bolsonaro. O país importa 85% dos fertilizantes agrícolas de que precisa. Do total importado, 23% vêm da Rússia. No mês passado, o presidente brasileiro viajou àquele país, onde se encontrou com o presidente Vladimir Putin. Segundo o governo brasileiro, a principal justificativa para a viagem foi incentivar o aumento dos negócios entre os produtores rurais do país com fabricantes de fertilizante russos.


Não temos como pagar

Bolsonaro chegou a dizer que, depois de seu encontro com empresários do setor na Rússia, a oferta de fertilizantes iria “ser dobrada”. Mas a realidade não deve confirmar a expectativa. Nesta quinta (3), a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, se antecipou à informação de Moscou e disse que a importação de fertilizantes da Rússia seria suspensa “porque não temos como pagar esses produtos, nem navios para carregar”. Segundo ela, “enquanto houver guerra, é totalmente descartada a possibilidade de receber fertilizantes”. Ainda de acordo com a ministra de Bolsonaro, o país tem estoque destes insumos garantido até outubro.


Na quarta (2), o governo da Bielorrússia, aliada da Rússia, anunciou a suspensão da venda de fertilizantes agrícolas ao Brasil, alegando bloqueio da rota de escoação do produto imposto pela vizinha Lituânia. Segundo a embaixada bielorussa em Brasília, os seus fertilizantes representam 20% do mercado brasileiro.


No mesmo dia, a ministra de Bolsonaro disse que “o Brasil” errou ao fechar fábricas do sistema Petrobras responsáveis pela produção de amônia e fertilizantes nitrogenados a partir de gás natural. “Por que tomamos lá no passado a decisão equivocada de não produzir fertilizantes?”, questionou, em entrevista coletiva. “No passado, a decisão era de importar pois era mais barato. Mas o Brasil precisa tratar esse assunto como segurança nacional e segurança alimentar”, acrescentou.


Porém, também nesta sexta, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva rebateu a fala de Tereza Cristina. Ele enfatizou não ter sido exatamente “o Brasil” que fechou as fábricas de fertilizantes. “Foram os governos de Temer e Bolsonaro que erraram, não o Brasil, fechando fábricas de fertilizantes na Bahia, em Sergipe e no Paraná”.


De Temer a Bolsonaro

A decisão de acabar com a produção nacional de fertilizantes pela Petrobras partiu do governo Michel Temer (2016-2018). A alegação foi de que “não dava lucro”. Primeiro foi atingida as fábrica de nitrogenados da Bahia (Fafen-BA), no polo petroquímico de Camaçari. A unidade foi inaugurada em 1971. Em seguida foi fechada a unidade de Sergipe (Fafen-SE), em Laranjeiras, que começou a operar em 1982 (leia no Brasil de Fato). Ambas deixaram de servir ao interesse público brasileiro em 2018


Já sob o governo de Jair Bolsonaro, em fevereiro de 2020 foi fechada também a planta de hidrogenados do Paraná (Fafen-PR), em Araucária.


Na quarta-feira, o presidente brasileiro sugeriu que a superação do problema da falta de fertilizantes poderia se dar pela mineração em terras indígenas. “Em 2016, como deputado, discursei sobre nossa dependência do potássio da Rússia. Citei três problemas: ambiental, indígena e a quem pertencia o direito exploratório na foz do Rio Madeira”, escreveu Bolsonaro no Twitter.


Fonte: Sul21

Foto: Isac Nóbrega/PR



leandro.neutzlingbarbosa@gmail

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