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O aumento no número de reclamações dos consumidores e a falta de respostas da Equatorial estão entre as razões do pedido de abertura de CPI

As bancadas do PSOL, do PT e do PDT na Assembleia Legislativa apresentaram nesta quarta-feira (23/03) um requerimento de instalação de uma CPI para investigar a privatização da CEEE e a prestação de serviços da Equatorial Energia, empresa que comprou a ex-estatal. Líder da bancada do PSOL, a deputada Luciana Genro considera “muito importante que os negócios escusos por trás da privatização da CEEE venham à luz, porque as consequências dessa privatização já estão muito claras para a população”

O pedido de CPI elenca seis fatos que embasam a necessidade de investigações. Entre eles, o aumento no número de reclamações dos consumidores e a falta de respostas da Equatorial, que tem sido falha em atender às queixas de queda de energia. Outro motivo é a demissão de mais de mil funcionários e sua substituição por terceirizados sem treinamento adequado. “Técnicos muito bem treinados foram substituídos por trabalhadores terceirizados, com salários mais baixos e que recebem um treinamento à jato. O treinamento que deveria levar de três a seis meses está sendo feito em até dez dias. Isso coloca em risco tanto os funcionários, quanto a população”, criticou a deputada.


Para que a CPI possa acontecer, é preciso a assinatura de 19 deputados. As três bancadas proponentes já somam 14 assinaturas. Agora os parlamentares da oposição estão conversando com os demais deputados para coletar apoios.


Fonte: ALRS

Foto: Greice Nichele

Entre as 29 concessionárias de grande porte avaliadas a subsidiária do Grupo Equatorial no RS é a última colocada, constando como pior serviço de energia elétrica do país

A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) divulgou, nesta quarta-feira (16), dados sobre a qualidade do serviço de todas as distribuidoras do Brasil. Entre as 29 concessionárias de grande porte avaliadas a subsidiária do Grupo Equatorial no RS é a última colocada, constando como pior serviço de energia elétrica do país. A RGE, que também atende o Estado, ficou na 17ª posição.


O deputado Jeferson Fernandes (PT), vice-presidente da Comissão de Segurança da AL lembra que “a CEEE pública, de 2008 a 2014, se mantinha dentre as empresas melhor classificadas no ranking de satisfação dos clientes. Bastou o governo Sartori, depois o Leite, começarem a programá-la para privatização, que o negócio foi despencando. E agora, nas mãos da iniciativa privada, piorou ainda mais, o que não é privilégio da Equatorial do RS. Ela está despencando em todos os estados em que atua. Portanto, é a privatização que piora a qualidade dos serviços”.

O ranking é elaborado com base no Desempenho Global de Continuidade (DGC), formado a partir da comparação dos valores apurados de DEC (Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora) e FEC (Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora) das concessionárias em relação aos limites estabelecidos pela ANEEL para esses indicadores. Ao longo de 2021, o serviço de fornecimento de eletricidade permaneceu disponível por 99,865% do tempo, na média do Brasil. Os consumidores ficaram 11,84 horas, em média, sem energia no ano. A frequência das interrupções se manteve em trajetória decrescente, reduzindo de 6,06 interrupções em 2020 para 5,98 interrupções em média por consumidor em 2021.

Jeferson lembra que ainda existem muitas preocupações para os 72 municípios atendidos pela Equatorial no RS, “tendo em vista que houve piora na qualidade de duas concessionárias sob o guarda-chuva do Grupo Equatorial: no caso a Equatorial Pará, que em 2020 estava em segundo lugar na lista, caiu para sétimo. E a Equatorial Maranhão, que era a oitava melhor, virou a segunda pior, em 28º lugar, só superada pela própria distribuidora Equatorial RS em qualidade de serviço. O retrocesso da divisão maranhense da Equatorial foi o maior do ranking, conforme a ANEEL” afirmou ele.


Conforme a agência, esse ranking é elaborado exatamente como um incentivo para que as concessionárias busquem a melhoria contínua da qualidade do serviço, e no início de 2022 a Equatorial RS continua com muitas interrupções e demora no restabelecimento da de energia. A agência avaliou as concessionárias no período de janeiro a dezembro do ano passado, divididas em dois grupos: de grande porte, com mais de 400 mil unidades consumidoras, e de menor porte com o número de unidades consumidoras menor ou igual a 400 mil.


Fonte: ALRS

Foto: Divulgação

Tem municípios, como Mariana Pimentel, que ficaram uma semana sem energia elétrica

Reunião no Ministério Público, sobre as falhas no fornecimento de energia elétrica pela CEEE/Equatorial no Estado, solicitada pela deputada estadual Sofia Cavedon (PT), que contou com a participação do deputado estadual Jeferson Fernandes e o vereador da capital, Jonas Reis, com o Coordenador do Centro de Apoio do Consumidor e da Ordem Econômica/MP/RS, Promotor Gustavo de Azevedo e Souza Munhoz, realizada nesta sexta-feira (11), reafirmou as ações do MP que estuda, inclusive, abrir um inquérito.


Conforme a deputada, o MP informou que na segunda-feira (14), pela manhã, haverá reunião com a Equatorial e a direção do MP e Promotoria do Consumidor. “Todos os elementos que estamos apresentando vão constar”, afirma Sofia. Os parlamentares protocolaram uma série de reportagens, prints de celular e de notícias evidenciando o descumprimento dos serviços da CEEE/Equatorial, que já aparece como um dos principais alvos de reclamações dos contribuintes gaúchos, pela falta de atendimento da população, cortes seguidamente com muita demora na religação, especialmente em episódios de queda de energia deixando produtores e consumidores sem atendimento.

Neste mês de março de 2022 a Equatorial distribuidora de energia em 72 municípios gaúchos, inclusive na Capital, é alvo, pela demora no restabelecimento de energia para algumas dezenas de milhares de pessoas em Porto Alegre e na Região Metropolitana. Em pouco mais de trinta minutos de temporal a Equatorial deixou 60 mil pessoas sem luz na Capital e Região Metropolitana. O problema afetou as estações de tratamento de Porto Alegre, deixando residências e comércios de 30 bairros sem água nas torneiras, ressaltou o vereador Jonas Reis.


Sofia Cavedon, que desde o dia 05 de março denuncia a situação, como aconteceu em Mariana Pimentel onde as famílias estavam sem luz há mais de uma semana. “Queremos investigação e intervenção do MP sobre a Equatorial e a responsabilização do governador Eduardo Leite pelo caos que ela está provocando no RS”, enfatiza a parlamentar.


Sofia destaca ainda que as reclamações não se limitaram a pessoas, “o Departamento Municipal de Águas e Esgoto de Porto Alegre (DMAE) no domingo 6 de março, cobrou publicamente a demora da Equatorial em restabelecer o abastecimento de energia, que resulta em desabastecimento de água na Capital”.


Jeferson Fernandes lembrou que logo após a privatização e ao assumir o controle da CEEE-D a Equatorial fez um processo de demissão de mais de 1000 funcionários da antiga CEEE-D, em especialmente as regiões de Porto Alegre, Pelotas e Bagé. No lugar desses profissionais treinados, foram contratados funcionários terceirizados e sem experiência, para uma área que requer treinamento, conhecimento e experiência. “Recentemente morreu um funcionário terceirizado, ficando outro ferido”, destaca o parlamentar.


Alguns protestos já foram registrados em Porto Alegre, Eldorado do Sul, Viamão, Alvorada, Esteio, Gravataí, Sapucaia do Sul e Canoas.


Fonte: Dep. Sofia Cavedon

Foto: Denis Soares


leandro.neutzlingbarbosa@gmail

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