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Política, Educação, Ciência e Cultura 

Falar de Amazônia sem falar de carne é, no mínimo, uma forma de omitir o essencial.

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Fala-se muito em preservar a Amazônia, em conter o desmatamento, em punir quem queima e derruba árvores. Mas raramente se fala sobre por que a floresta está sendo derrubada. A resposta é direta, desconfortável e amplamente conhecida: a principal causa é a pecuária — o pasto para o gado e, em segundo lugar, a produção de grãos para alimentar bois, suínos e frangos.


Por trás de cada pedaço de carne há uma extensa cadeia de impactos: desmatamento, emissões de gases de efeito estufa, uso intensivo de água e grãos, e perda de biodiversidade. A floresta não cai sozinha. Ela cai para abrir espaço para a expansão de um sistema de produção insustentável, movido por um padrão de consumo que já ultrapassou os limites do planeta.


Enquanto o debate ambiental permanecer restrito à “preservação da floresta”, continuaremos tratando apenas o sintoma, não a causa. A verdadeira discussão precisa alcançar o que está no prato. Falar de Amazônia sem falar de carne é, no mínimo, uma forma de omitir o essencial.


Não se trata de culpar o produtor, nem de romantizar soluções individuais — mas de reconhecer que o modelo agroalimentar vigente é parte do problema e precisa ser repensado. É preciso investir em políticas públicas, em educação alimentar, em incentivos à produção vegetal e em mudanças culturais que nos libertem da dependência da carne como centro da alimentação.


A floresta será preservada quando deixarmos de vê-la como obstáculo ao progresso e passarmos a entender que o verdadeiro avanço está em transformar a forma como produzimos e consumimos. A transição não é uma utopia — é uma urgência.

Sexta já começou gelada em muitas cidades e a madrugada do sábado promete ainda mais frio em muitos locais do Sul do País, segundo a MetSul Meteorologia

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A MetSul Meteorologia antecipa que a madrugada deste sábado (21) deve ser a mais fria deste ano até agora em muitas cidades do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, com marcas baixas e que devem ser muito inferiores às médias mínimas desta época do ano.


Entre as cidades que devem ter a menor temperatura do ano até o momento está Porto Alegre. O pico da intensidade da massa de ar frio no Sul do Brasil se deu entre terça (17) e quarta-feira (18), mas a instabilidade associada à tempestade subtropical Yakecan trazia muita nebulosidade e chuva, o que por um lado impediu o registro de mínimas muito baixa e por outro favoreceu queda de neve nos pontos mais altos do Sul do Brasil e máximas muito baixas no período da tarde.

Agora, mesmo sem a atmosfera muito resfriada, o perfil seco do ar e o tempo muito aberto vão proporcionar um declínio bastante acentuado da temperatura com intenso resfriamento e as menores mínimas ocorrendo em baixadas, para onde o ar mais frio e denso escoa à noite e na madrugada à medida que a temperatura declina.


Este sábado (21) deve começar com temperatura de -3º a -5ºC na região de São José dos Ausentes e marcas negativas também em vários outros municípios dos Campos de Cima da Serra como São Francisco de Paula, Jaquirana, Bom Jesus, Vacaria, Cambará do Sul, Campestre da Serra, Ipê, Lagoa Vermelha, Monte Alegre dos Campos, Muitos Capões e Esmeralda.


O frio será intenso também na Serra Gaúcha na madrugada e ao amanhecer com marcas de 3ºC a 5ºC nas áreas urbanas de Gramado, Caxias do Sul e Canela, mas que podem atingir valores de até –1ºC a 1ºC em baixadas destes municípios.

Situação semelhante deve ser esperada nas zonas rurais e baixadas do Planalto Médio, do Alto Uruguai e da área de Soledade, onde o frio no começo do dia será intenso.

Porto Alegre deve ter a sua mínima do ano, com até 7ºC no Jardim Botânico, e marcas de 6ºC a 8ºC na maior parte da cidade, prevendo-se até 5ºC em pontos das zonas Sul e Leste da cidade.


Já na Região Metropolitana, o frio será mais intenso e a previsão é de mínimas de 3ºC a 5ºC em algumas localidades como o Vale do Sinos e a área de Morungava, em Gravataí.

No interior do Estado, o Noroeste gaúcho deve amanhecer neste sábado com 1ºC a 3ºC. A área central do Rio Grande do Sul, na região de Santa Maria, terá mínima de 2ºC a 5ºC, conforme o município.


No Oeste, 4ºC a 5ºC entre Uruguaiana e Itaqui, mas até 1ºC a 3ºC entre Quaraí e Livramento. Na Campanha, marcas de 3ºC a 5ºC, o que vai se repetir em pontos do Sul gaúcho.

Já no final desta sexta (20), cidades de maior altitude do Rio Grande do Sul terão geada sobre automóveis e a vegetação. Mesmo na Grande Porto Alegre pode gear em alguns pontos no começo do dia, pela primeira vez em 2022.


Começo da semana segue com frio à noite

A tendência é de enfraquecimento do frio nos próximos dias, mas isso não significa que ele vai embora. A previsão é ainda de temperatura muito baixa para as madrugadas tanto do domingo como do começo da semana, conforme a MetSul.


No domingo (22), por exemplo, muitas cidades voltarão a ter marcas abaixo de 5ºC e com geada. São José dos Ausentes pode ter -3ºC a -4ºC e pontos da Grande Porto Alegre registrarão entre 5ºC e 7ºC com mínima de 8ºC a 9ºC na capital.


Na segunda-feira (23), os Campos de Cima da Serra devem amanhecer com 1ºC a 3ºC enquanto na área metropolitana deve fazer 5ºC a 7ºC com 9ºC em Porto Alegre. Na terça, outra madrugada de frio com 1ºC a 3ºC nas baixadas dos municípios de maior altitude dos Aparados e de 7ºC a 9ºC na Grande Porto Alegre com 11ºC na capital.


Embora o frio do começo da manhã, intenso em muitas cidades, as máximas entram em elevação nos dias seguintes.


Fonte: OSul

Foto: Roger Terra de Moraes/Emater


O mesmo ocorre com a lua

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Quem prestou atenção ao nascer ou pôr do sol em Camaquã nos últimos dias presenciou tons alaranjado no céu. A lua também apresenta uma cor avermelhada. Este horizonte colorido chama atenção e tem merecido belos registros fotográficos.


Apesar das imagens encantadoras este é um fenômeno que tem relação com a quantidade de poluição, partículas de poeira e poluentes suspensos no ar. Isto ocorre, porque a luz do sol sofre difração, espalhando luz de espectro alaranjado.



A ausência de nuvens, poluição, queimadas e a baixa umidade do ar dificulta que essas partículas se dissipem na atmosfera, dão o tom avermelhado ao céu.


Bonito, mas é um alerta que precisamos cuidar melhor do meio ambiente.


Foto: Divulgação

leandro.neutzlingbarbosa@gmail

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