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Política, Educação, Ciência e Cultura 

Atualizado: 11 de jan. de 2022

Asfalto impermeabiliza o solo e deixa todo o escoamento da água a cargo de um encanamento antigo e inadequado

A primeira chuva do ano deixou o centro da cidade de Camaquã e diversos bairros com pontos de alagamento. O asfalto colocado em diversas ruas do centro dificulta a absorção da água pelo solo, consequentemente, as ruas ficaram alagadas.


Ninguém é contra o asfalto, mas é preciso planejamento e atenção para não gerar mais problemas para a população. Essa camada asfáltica que está sendo aplicada sobre o paralelepípedo acaba impermeabilizando ainda mais as ruas. Não podemos esquecer que a tubulação é antiga e que talvez seja necessário substituir por novos de diâmetro maior para melhorar o escoamento das águas pluviais.


Vale lembrar que os canos que recolhem os esgotos produzidos pelas residências e comércios são os mesmos que escoam as águas das chuvas. Logo, quando esses encanamentos não suportam a quantidade de água, transbordam água da chuva junto com esgoto doméstico.


Diante desses dois fatores - a impermeabilização cada vez maior do solo e a tubulação inadequada, os alagamentos serão cada vez frequentes, principalmente no centro da cidade, trazendo muitos transtornos para lojistas, moradores e pedestres. A comunidade camaquense precisa dar mais atenção para este assunto, que a principio parece ser maravilhoso, mas agravará os problemas.


O editor deste blog já vem alertando para os problemas causados por essa impermeabilização asfáltica que está sendo feita de forma equivocada na cidade. Ruas centrais que já tem um bom calçamento com paralelepípedo estão recebendo camada de asfalto, enquanto moradores dos bairros convivem com pó e barro. Sem falar na péssima conservação das estradas da zona rural do município.


Outro aspecto que é importante destacar, para além dos alagamentos, é que a área central da cidade deve aquecer ainda mais. Aliado com os prédios cada vez mais altos, bolsões de calor irão se formar. Ninguém é contra o asfalto e melhorias, mas planejamento e estudo são necessários. Dinheiro público deve ser investido com inteligência.


Foto: Reprodução/Rádio Acústica FM


Mangueiras luminosas de LED custaram R$20.045,00 aos cofres públicos

“De grão em grão, a galinha enche o papo”, diz o ditado popular que poderia ser reescrito da seguinte forma: “de gasto em gasto, o dinheiro público vai pelo ralo”. Dando uma breve conferida nos Portais da Transparência da Prefeitura e da Câmara de Vereadores de Camaquã, encontramos diversos gastos desnecessários, entre eles, a aquisição de mangueiras luminosas de LED para decoração de Natal.

Portal da Transparência / Prefeitura de Camaquã

Portal da Transparência / Câmara municipal de vereadores

Ora, todos nós achamos bonita a decoração de Natal, com a cidade iluminada. No entanto, gostamos mais de poder ir ao posto de saúde do bairro e poder consultar com médico, conseguir agendamento para um especialista sem esperar meses, ter a lâmpada queimada do poste substituída sem que seja necessário pedir favor a nenhum vereador da base do governo, que haja patrolamento regular nas ruas, entre outras demandas necessárias e urgentes que clama a comunidade.


Nada contra a decoração de Natal, mas gastar dinheiro público, principalmente em época de grande escassez como agora, para enfeitar fachadas de prédios públicos com luzinhas é uma péssima opção. Precisamos melhorar é a infraestrutura dos prédios dos postos de saúde, das escolas, das creches por exemplo, visando oferecer um serviço de melhor qualidade a população.



Foto: Ascom Câmara de Vereadores de Camaquã


Redução de 50% no valor da multa para quem descumpre medidas sanitárias está tramitando na Câmara de Camaquã

Foto: Brigada Militar / Divulgação /CP

A prefeitura de Camaquã pretende reduzir em 50% o valor da multa aplicada aqueles que descumprem as medidas sanitárias que visam à prevenção da propagação da covid-19. Atualmente, quem for flagrado pelos órgãos de fiscalização participando de festas e aglomerações deve pagar uma multa no valor de R$ 2 mil. A multa é estabelecida pelo Decreto Estadual nº 55.782, de 5 de março de 2021.


Na prática, o governo quer reduzir o valor da multa para R$ 1 mil. O valor será revertido em compra de cestas básicas. No entanto, mesmo com o valor de R$ 2 mil as festas, tanto na cidade quanto no interior, não param. Reduzir o valor da multa é encorajar as aglomerações em plena pandemia, onde além da dificuldade de obter vagas em UTI, há escassez de medicações necessárias para manter pacientes entubados entre outras coisas.


Entendo que valores de multas podem ser revisados e reduzidos e que somos passiveis de ser multados, por vezes por coisas que consideramos “bobas” como estacionar num local não permitido, ultrapassar o tempo no estacionamento rotativo, atrasar o pagamento da carne do IPTU entre outras de menor gravidade. E mesmo assim, se infringe uma lei é legal a punição e nesses casos poderia passar por revisão e talvez ter os valores reduzidos.


Agora reduzir multas para quem promove e participa de festas clandestinas durante uma pandemia que já ceifou cerca 400 mil vidas no país e que só em Camaquã já são mais 107 vidas perdidas até o momento, pessoas amigas da gente, familiares, pais, mães e filhos que choram a perde destes entes queridos é de um tamanho desrespeito com a vida.


Além disso, a medida é um desrespeito a Brigada Militar, ao Ministério Público e aos agentes de fiscalização da prefeitura que trabalham para inibir essas ações, é de zombar dos comerciantes que estão com seus estabelecimentos prejudicados com as medidas restritivas impostas.


Parece que os governantes deste país, em todos as esferas, não têm noção da magnitude do problema que estamos vivendo e ainda do que está por vir. A cada dia um novo debochar da nossa cara.


Algumas perguntas que precisam de resposta por parte da administração municipal: Qual seria o interesse da prefeitura em diminuir o valor da multa? Qual é o interesse público? Por que não aumentar a fiscalização? A opinião da comunidade será ouvida ou mais uma vez decisões serão tomadas ignorando a opinião de quem os colocou como representantes?


O Projeto de Lei 35/2021, protocolado na Câmara de Vereadores no último dia 19, está sendo analisado pela Comissão de Constituição e Justiça. Após a análise, será votado pelos vereadores em sessão plenária, devendo ser aprovado, uma vez que o prefeito possui a maioria no legislativo.


Leia a integra do Projeto de Lei 35/2021

Foto: Brigada Militar / Divulgação /CP

leandro.neutzlingbarbosa@gmail

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