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Política, Educação, Ciência e Cultura 

Segundo pesquisa da FGV Social, uma em cada três pessoas no Brasil não teve dinheiro o suficiente para comprar comida para si ou sua família nos últimos 12 meses

Infelizmente, milhões de pessoas no Brasil estão sofrendo com a fome. E com o desemprego e inflação em alta, a situação só piora. Essa triste realidade é confirmada pelos dados da pesquisa divulgada pela FGV Social sobre insegurança alimentar.


Segundo a pesquisa, a parcela de brasileiros que não teve dinheiro para alimentar a si ou a sua família em algum momento nos últimos 12 meses subiu de 30% em 2019 para 36% em 2021, atingindo novo recorde da série iniciada em 2006. Isso significa que uma em cada três pessoas no Brasil não teve dinheiro suficiente para comprar comida para si ou sua família.


É a primeira vez desde então que a insegurança alimentar brasileira supera a média simples mundial. Comparando a média simples dos mesmos 120 países com o Brasil, antes e durante a pandemia, a insegurança alimentar subiu 4,48 pontos percentuais mais aqui do que no conjunto de países (aumento percentual quatro vezes maior no Brasil), sugerindo ineficácia relativa de ações nacionais.

O aumento da insegurança alimentar entre os 20% mais pobres no Brasil durante a pandemia foi de 22 pontos percentuais, saindo de 53% em 2019 e chegando a 75% em 2021, nível próximo do país com maior insegurança alimentar da amostra, o Zimbawe (80%).


Insegurança alimentar é a falta de disponibilidade e acesso das pessoas aos alimentos. Uma casa é considerada como tendo segurança alimentar quando seus ocupantes não vivem com fome ou sob o medo de inanição.


Fonte: FGV Social

Foto: Adobe Stock | Licenciado

De acordo com pesquisadores, reforma que precarizou direitos dos trabalhadores não teve “impacto significativo”

Em estudo publicado nessa terça-feira (17), pesquisadores do Centro de Pesquisa em Macroeconomia das Desigualdades (Made-USP) concluem que a reforma trabalhista aprovada em 2017 “não apresentou efeito estatisticamente significante sobre a taxa de desemprego”.

O resultado da pesquisa desmonta o argumento do governo de Michel Temer, autor da reforma, que à época estimava que a precarização dfos direitos dos trabalhadores criaria entre 2 e 6 milhões de empregos.

Para chegar ao resultado divulgado hoje, os pesquisadores Gustavo Pereira Serra, Ana Bottega e Marina da Silva Sanches compararam a taxa de desemprego do Brasil com a de outros 11 países da América Latina e Caribe que não passaram por mudanças nas leis trabalhistas no mesmo período.

Eles combinaram a taxa de desemprego e outras variáveis econômicas desses países, como crescimento do PIB, inflação, câmbio e juros, para criar o que chamaram “Brasil sintético”. Os países selecionados foram Bahamas, Bolívia, Chile, Colômbia, República Dominicana, Guiana, México, Nicarágua, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas e Trinidade e Tobago.

O resultado foi que, entre 2018 e 2020, as taxa de desemprego no Brasil real e no “sintético” tiveram comportamento similar. “Os resultados obtidos não nos permitem afirmar que a reforma trabalhista de 2017 teve impacto significativo para o menor (ou maior) crescimento da taxa de desemprego no Brasil”, afirmam os pesquisadores. Assim, eles também destacam que “o discurso político em torno dos resultados da reforma na época da sua proposta não se realizou”, afirmam os pesquisadores.


Em linha

O gráfico abaixo, produzido pelos pesquisadores, indica que as quedas observadas na taxa de desemprego no Brasil entre 2018 e 2019 foram “relativamente maiores” do que no “Brasil sintético”. Mas no ano seguinte, as trajetórias de alta foram equivalentes.

Por fim, o Brasil real acabou ficando com desemprego levemente acima, na comparação com o país simulado, que não passou pelo processo de precarização dos direitos.

“Isto indicaria que, entre 2017 e 2020, o aumento da taxa de desemprego do Brasil teria sido cerca de 1% superior em comparação à representação sintética para o Brasil, no caso de não ter havido a reforma trabalhista”, diz o estudo.

Por outro lado, os pesquisadores chamam a atenção que a reforma também afetou diversos outros aspectos trabalhistas, para além da taxa de desemprego. “O mercado de trabalho brasileiro é marcado por problemas de informalidade e rotatividade que geram baixa produtividade, além de uma grande desigualdade da renda do trabalho. Mas não se sabe com precisão se e como a reforma impactou essas questões”, afirmam.


Fonte: Sul21

Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

Na comparação com abril do ano passado, todas as capitais pesquisadas tiveram alta de preço

O custo da cesta básica de alimentos aumentou em abril em todas as 17 capitais onde o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) realiza a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos.


De março para abril, a alta em Porto Alegre foi de 6,34%, tendo a segunda maior elevação entre as cidades. O custo da cesta na capital gaúcha foi de R$ 780,86. Os alimentos que pesaram na cesta básica do município foram batata (14,63%), leite integral (13,46%), farinha de trigo (10,07%), pão francês (7,07%) e feijão preto (2,51%).

Entre as capitais, a alta mais expressiva ficou com Campo Grande (6,42%). Florianópolis (5,71%), São Paulo (5,62%), Curitiba (5,37%), Brasília (5,24%) e Aracaju (5,04%) aparecem na sequência. A menor variação foi observada em João Pessoa (1,03%).


Segundo a pesquisa, São Paulo foi a capital onde a cesta básica teve o maior custo (R$ 803,99), seguida por Florianópolis (R$ 788), Porto Alegre (R$ 780,86) e Rio de Janeiro (R$ 768,42). Nas cidades do Norte e Nordeste, onde a composição da cesta é diferente das demais capitais, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 551,47) e João Pessoa (R$ 573,70).


Na comparação com abril do ano passado, todas as capitais pesquisadas tiveram alta de preço, com variações que oscilaram entre 17,07%, em João Pessoa, e 29,93%, em Campo Grande.


A pesquisa indicou ainda que o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 6.754,33, ou 5,57 vezes o mínimo de R$ 1.212 em abril de 2022. Em março, o valor necessário era de R$ 6.394,76, ou 5,28 vezes o piso mínimo. Em abril de 2021, o valor do mínimo necessário era de R$ 5.330,69, ou 4,85 vezes o mínimo vigente na época, de R$ 1.100.


Produtos

De acordo com a pesquisa, entre os produtos cujo preço aumentou em todas as capitais estão o óleo de soja com as variações oscilando entre 0,5%, em Vitória, e 11,34%, em Brasília; o pão francês, com as altas mais expressivas em Campo Grande (11,37%), Aracaju (9,7%) e Porto Alegre (7,07%); a farinha de trigo, com destaque para Belo Horizonte (11,08%), Porto Alegre (10,07%) e Brasília (9,54%); o leite integral que teve os maiores aumentos em Florianópolis (15,57%), Curitiba (14,15%), Porto Alegre (13,46%) e Aracaju (11,31%); a manteiga, com elevações que variaram entre 0,61%, em Fortaleza, e 6,92%, em Curitiba; a batata, com taxas entre 14,63%, em Porto Alegre, e 39,1%, em Campo Grande.


Já os preços que aumentaram em 16 capitais foram os da farinha de mandioca, com as maiores variações em Natal (7,76%) e Fortaleza (3,73%), com a única queda ocorrendo em João Pessoa (-1,57%); o arroz agulhinha teve altas que oscilaram entre 0,17%, em João Pessoa, e 10,24%, em Curitiba, com retração em Campo Grande (-2,70%); o quilo do café em pó subiu significativamente em Aracaju (7,58%), Florianópolis (4,67%), Belo Horizonte (3,74%) e Fortaleza (3,74%). A única capital onde não houve elevação foi em Vitória (-2,73%).


Em 15 capitais o feijão teve aumento de preço, com as taxas do carioquinha em alta em todas as capitais onde é pesquisado e com variação entre 3,86%, em João Pessoa, e 11,89%, em Belém. Já o preço do feijão preto, pesquisado nas capitais do Sul, em Vitória e no Rio de Janeiro, diminuiu em Vitória (-2,68%) e Florianópolis (-2,2%) e subiu em Porto Alegre (2,51%), Curitiba (2,44%) e no Rio de Janeiro (0,57%).


Fonte: OSul

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

leandro.neutzlingbarbosa@gmail

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