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Política, Educação, Ciência e Cultura 

"E essas cidades mais pobres são as melhores", diz o deputado e pré-candidato ao governo de São Paulo, acrescentando que "não pegou" ninguém ainda

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(Renan Santos e Mamãe Falei em um centro de doações na Eslováquia, antes de cruzarem a fronteira (Foto: Reprodução/Twitter) (Foto: Reprodução)


Em áudios obtidos pelo Brasil 247 e pelo Metrópoles, o deputado estadual e pré-candidato ao governo de São Paulo pelo Podemos, Arthur do Val, conhecido como Mamãe Falei, que está na Ucrânia, aparece falando sobre as mulheres ucranianas de forma objetificada, machista e misógina. O ex-MBL, tendo acabado de cruzar a fronteira com a Eslováquia, se mostrou animado diante da situação de desespero das mulheres, pela quantidade de "menina bonita".


A "missão" do deputado no país do Leste Europeu, além de auxiliar na produção de coquetéis molotov, consiste em "colar" nas mulheres.



Em um dos áudios, Mamãe Falei diz: "maluco, eu juro. Nunca na minha vida, e tenho 35 anos, vi nada parecido em termos de menina bonita".


"A fila das refugiadas, irmão, sei lá, de 200 metros mais, só deusa", prossegue. "Se você pegar a fila da melhor balada do Brasil, na melhor época do ano, não chega aos pés da fila dos refugiados aqui".


"Brasil deveria adotar a posição da China: apoio à Rússia no mérito e apelo à saída diplomática", diz Breno Altman.


"Detalhe hein. Elas são fáceis, porque são pobres. Aqui, minha carta do Instagram funciona demais. Não peguei ninguém, mas colei em duas mina", prossegue Mamãe Falei em um trecho de um dos áudios.


"É inacreditável a facilidade. Essas minas em São Paulo, você dá bom dia e ela ia cuspir na tua cara".


"São gold diggers que chama, né", insulta ele. Na linguagem machista, o termo em inglês significa mulheres que tentam atrair homens ricos.


Nas gravações, ele revela ainda que seu companheiro de MBL, Renan Santos, que o acompanha na Ucrânia, faz "todos os anos", com exceção dos três últimos, o que ele chama de "tour de blonde" (trad. tour das loiras). "Ele viaja aos países só para pegar loiras".


"Ele me deu umas dicas". Entre elas: "você tem que ir pras cidades normais, porque aí você não pega as minas na balada, você pega elas no mercado, na padaria".


"E essas cidades mais pobres são as melhores", diz o deputado, acrescentando que "não pegou" ninguém ainda.


Em referência a um grupo de mulheres, o deputado estadual diz: "se elas cagassem, você limpa o c* delas com a língua". "Assim que essa guerra passar eu vou voltar para cá".


O Brasil 247 contatou Arthur do Val via ligação de WhatsApp, no número confirmado por sua assessoria. Na conversa, em que a íntegra dos áudios foi lida para ele, o deputado estadual ria, e pediu para a reportagem enviar as gravações. Mamãe Falei não respondeu ao questionamento sobre sua posição, assim como sua assessoria parlamentar, que informou estar ciente do áudio, mas não soube confirmar sua autenticidade.


Mamãe Falei se filiou ao Podemos em janeiro deste ano, com objetivo de ser o nome apoiado por Moro ao Governo de São Paulo. Consultados, apoiadores do MBL demonstraram indignação com as gravações.


Fonte: Brasil 247

Supremo referenda valor de R$ 4,9 bi, aprovado no Congresso, para financiar campanhas neste ano

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O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quinta-feira (3) manter o fundo eleitoral em R$ 4,9 bilhões. O valor reservado ao financiamento de campanhas nas eleições deste ano é superior ao orçamento de 99,8% dos municípios brasileiros, incluindo nessa conta toda a arrecadação com impostos, além de transferências federais e estaduais para as cidades. Em 2020, segundo dados da Frente Nacional dos Prefeitos, 17 capitais não alcançaram essa mesma receita.


Com o aval dado por nove dos 11 ministros do Supremo, os partidos – que, diferentemente de prefeituras, são entidades privadas – dividirão a verba estipulada pelo Congresso de acordo com as bancadas eleitas para a Câmara dos Deputados em 2018. Desse modo, os maiores beneficiados serão o União Brasil (fusão entre o DEM e o PSL) e o PT.



Somando-se o fundo eleitoral ao Fundo Partidário, de R$ 1,06 bilhão, somente o União Brasil receberá quase R$ 1 bilhão de recursos públicos ao longo deste ano. O valor equivale, por exemplo, ao orçamento anual de duas capitais brasileiras: Rio Branco (AC) e Macapá (AP). De acordo com a FNP, apenas 95 dos 5.568 municípios brasileiros têm uma receita anual bilionária.


Ao aprovar o montante que custeará as eleições de outubro, a maioria dos ministros considerou que o Congresso não feriu a Constituição ao elevar o valor utilizado nas eleições de 2018 e 2020 – as primeiras realizadas com recursos públicos – nem ao definir uma regra para o cálculo do fundão.


Em julho do ano passado, na votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), deputados e senadores modificaram, via emenda, o texto proposto pelo governo Jair Bolsonaro para definir que o “fundão” fosse equivalente a 25% do orçamento da Justiça Eleitoral em 2021 e 2022. A conta resultou em R$ 5,7 bilhões, valor vetado pelo Palácio do Planalto e reduzido posteriormente durante a votação definitiva do Orçamento deste ano, passando aos atuais R$ 4,9 bilhões.


Para o partido Novo, que entrou com ação no Supremo contra o valor do fundo eleitoral, houve vício de iniciativa na votação da LDO, prejudicando todo o processo seguinte. De acordo com a legenda, a alteração feita por meio de emenda parlamentar no texto original seria inconstitucional.


Somente o relator da ação, André Mendonça, e o ministro Ricardo Lewandowski votaram para reduzir o fundo. Manifestaram-se a favor da manutenção dos R$ 4,9 bilhões Kassio Nunes Marques, Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Edson Fachin, Dias Toffoli, Carmen Lúcia, Gilmar Mendes e, parcialmente, Luís Roberto Barroso e Rosa Weber – ambos acompanharam Mendonça ao considerar a existência de vícios na aprovação da LDO, mas divergiram sobre a inconstitucionalidade do Orçamento.


“Desproporcional”

Mendonça apresentou, na primeira sessão de julgamento, um longo voto no qual considerou a cifra “desproporcional”. Como solução, ele propôs que o valor para este ano fosse igual ao fixado para a eleição de 2020 (R$ 2,1 bilhões), corrigido pela taxa do IPCA-E até dezembro de 2021. O valor ficaria em cerca de R$ 2,3 bilhões – ou seja, R$ 200 milhões a mais do que a proposta enviada pelo governo ao Congresso durante a formulação do Orçamento.


A maioria dos ministros, no entanto, considerou que não compete à Corte alterar os valores fixados pelo Congresso. A divergência ao voto do relator foi aberta por Nunes Marques, que disse não ver “extrapolamento” dos limites estipulados na LDO. Para o magistrado, “o financiamento público faz parte de um mecanismo desenhado para possibilitar a pluralidade do debate político”.


O presidente do Supremo, Luiz Fux, embora tenha acompanhado Nunes Marques, apresentou um voto crítico aos valores fixados pelo Legislativo, mas ressaltou que não houve inconstitucionalidade no processo. Ainda segundo Fux, a Corte não tem “capacidade constitucional” para decidir sobre este assunto, que seria de competência exclusiva do Congresso. “O valor é alto, mas inconstitucionalidade aqui não há”, afirmou.


O caso foi tratado por Fux como mais um exemplo de judicialização da política, em que partidos insatisfeitos com decisão do Congresso recorrem ao Supremo. Ele afirmou ainda que este tipo de ação tem gerado problemas institucionais à Suprema Corte. “Cabe a quem votou essa iniciativa pagar o preço social, não nós do Supremo. Nós não votamos”, concluiu.


Poderes

Para Lewandowski, porém, “excessos realizados por Executivo e Legislativo podem, sim, ser corrigidos pelo Judiciário”. Ele foi o único a seguir Mendonça na defesa da redução do valor estipulado por deputados e senadores.


Para o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), a ação do Novo foi uma tentativa de “criminalização da política”. Antes do julgamento, Lira encaminhou ao Supremo manifestação em que alega a existência de um movimento do partido para “instrumentalizar o Poder Judiciário como instância de revisão de mérito de decisões políticas legítimas do Poder Legislativo”.


Após a decisão, o Novo afirmou, em nota, que “o fundão bilionário concentra poder em políticos privilegiados e prejudica ainda mais a nossa democracia”. O texto assinado pelo presidente nacional do partido, Eduardo Ribeiro, defende a correção do valor apenas pela inflação. Diz, ainda, que seguirá lutando para que “o dinheiro do cidadão seja respeitado e para que as eleições sejam um momento de fortalecimento da democracia”.


Fonte: OSul

Foto: Reprodução

“O mundo precisa que mais de 900 milhões de pessoas que passam fome possam comer, e não de guerra”, afirmou o ex-presidente, na quarta-feira (2), no México

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Em discurso nesta quarta-feira (02), no México, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez apelo às lideranças mundiais envolvidas no conflito entre Rússia e Ucrânia para que larguem as armas e tentem resolver as divergências numa mesa de negociação.


“O mundo precisa de comida, o mundo precisa de emprego, o mundo precisa de educação, o mundo precisa que as pessoas sejam tratadas com respeito, o mundo precisa que mais de 900 milhões de pessoas que passam fome possam comer, e não de guerra”.

Em declaração na 2ª Assembleia do Movimento Revolucionário Nacional (Morena), do México, e partidos aliados, Lula pediu, e foi atendido pelos presentes, que todos se levantassem e ficassem de pé, em gesto para que as lideranças mundiais, como os presidentes dos Estados Unidos, da China, da Rússia, da Ucrânia e dos demais países europeus vissem a mensagem de que o mundo precisa de paz.


“O mundo está precisando de paz, o mundo está precisando de amor, o mundo está precisando de compreensão, o mundo está precisando de fraternidade. As pessoas estão querendo apenas viver dignamente e por isso aqui da cidade do México a gente poderia dizer, governantes baixem as armas, sentem na mesa de negociação e encontrem a solução para o problema que levou vocês ao começo de uma guerra. O mundo precisa de comida, o mundo precisa de emprego, o mundo precisa de educação, o mundo precisa que as pessoas sejam tratadas com respeito. Que eles ouçam o grito aqui da cidade do México: Basta de guerra, queremos, paz, queremos trabalho, queremos liberdade e queremos respeito, e quem sabe a gente possa construir um mundo melhor”.

O ex-presidente lembrou que, quando eleito para o primeiro mandato em 2002, foi convidado pelo então presidente americano George Bush para visitar os Estados Unidos, e lá, na Salão Oval da Casa Branca, consultado sobre apoio do Brasil ao ataque que os país norte-americano faria ao Iraque. “Eu disse ao presidente Bush que o Brasil não tinha nada contra o Saddam Hussein, que o Iraque ficava a 14 mil km de distância e que, portanto, a guerra que eu queria fazer era a guerra contra a fome que envolvia 54 milhões de homens e mulheres no meu país e que a fome seria derrotada. Se o presidente Putin tivesse pedido para a gente dizer se ele deveria ou não invadir a Ucrânia, a gente teria que dizer não. Gaste mais uma mesa, mais uma hora, mais um mês, mais um ano numa mesa de negociação. Em vez de tiro, vamos dar abraço e encontrar solução porque todo e qualquer problema é possível solucionar”.


Fonte: PT Brasil

Foto: Ricardo Stuckert

leandro.neutzlingbarbosa@gmail

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