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Leandro 

Política, Educação, Ciência e Cultura 

Mais de 150 postos de trabalho são extintos em Camaquã

A setor que mais desempregou foi o comércio

O município de Camaquã enfrenta um saldo negativo em vagas de trabalho formal em 2020. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de janeiro a maio, último mês do levantamento, 1092 postos de trabalho foram criados, enquanto 1257 deixaram de existir, ou seja, um saldo negativo de 165. No mesmo período em 2019, o saldo foi positivo, com a criação de 72 postos de trabalho.


Segundo o órgão, o mês de janeiro contabilizou o fechamento de 30 postos de trabalho, no entanto, em fevereiro foram criados 126. Em março, quando houve o fechamento do comércio e as primeiras medidas de contenção do avanço do pandeia foram adotadas no município, foram extintas 13 vagas. O fechamento de postos de trabalho foi acentuado em abril, com menos 140 e em maio, com menos 108 vagas.


Os setores mais afetados foram comércio e serviços, que juntos contabilizam a extinção de 231 vagas. Na contramão, a indústria criou 39 postos de trabalho, seguida pela agropecuária que criou 17 e a construção civil com 10, contabilizando o total 66 novos postos de trabalho.

O setor do comércio no município de Camaquã já enfrentava queda em 2019 e nesse mesmo período teve redução de 30 vagas de trabalho. O que demonstra que o setor já vem se desaquecendo antes mesmo da pandemia do coronavírus.


O que em parte é explicável pela atual política econômica em vigência no país que tem corroído o poder de compra dos trabalhadores. Salário mínimo sem reajustes, redução no programa bolsa família, aprovação do teto de gasto que limitou os investimentos sociais como saúde e educação e das reformas trabalhista e previdenciária.


Já em âmbito municipal o governo pouco fez, não foram adotadas medidas para melhorar a infraestrutura, diversificar a produção e atrair novos empreendedores.

A equação é simples: sem renda, sem consumo.

Ao passo que o poder de compra das famílias se deteriora, agrava-se a crise e coloca em cheque uma economia cada dia mais exaurida. A economia está em frangalhos e afeta diretamente o setor do comércio. A equação é simples: sem renda, sem consumo.


Nesse sentido campanhas que simplesmente façam apelo que a população compre produtos em nosso município, por si só, são ineficazes. Antes de tudo é necessário melhorar a renda dos trabalhadores, investir fortemente nas áreas sociais, retomar a política de valorização do salário mínimo, descongelar salários dos servidores públicos e revogar a PEC do teto de gastos e ampliar os investimentos públicos.


O órgão disponibilizará os dados de junho ao final do mês de julho. Os dados são públicos e estão disponíveis a todos os cidadãos.

Foto: Divulgação

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